A Segunda Ilha

A Segunda Ilha

Na segunda ilha em que morei, um pouco maior que a anterior, ainda que bem pequena, 30.000 habitantes, tipo cidadezinha do interior. É inegável a influência do índio em tudo o que se faz por aqui: na alimentação, nos hábitos, nas crendices, no jeito de ser. É um povo mais sensível, mais sociável, gentil, educado, cordial, fraterno, atencioso, diferente dos outros povos do sul, sudeste e nordeste do Brasil.

O cumprimento deles é assim: aquele que chega – independente de ser homem, mulher, velho ou criança – pede a bênção do que estava, beija-lhe a mão, ao que ele o abençoa e também lhe beija a mão. Se estão de pé, dão um beijo no ombro um do outro, e terminam o cumprimento num abraço caloroso. Ritual gostoso de se ver, cheio de ternura.

Também são elegantes, no sentido de que evitam falar mal uns dos outros. E se a gente o faz, eles ficam sem jeito de ouvir. É como se fossem todos parte de uma grande família e falar mal de um fere a todos. E se falamos mal de alguém ou algo, eles mudam de assunto imediatamente e já puxam uma conversa mais agradável.